Moonspell: "A música hoje é quase só entretenimento"

Os Moonspell acabam de estrear o documentário <em>Road to Extinction</em>. Esta semana lançam o novo álbum <em>Extinct</em>, apresentado pelo vocalista como o mais "contemplativo e pessoal" do grupo.
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Que conceito é este de extinção? Quase soa a despedida...

Já nos questionaram sobre isso e reconheço que seria uma grande jogada de marketing, mas não é o caso. Aliás, à medida que mergulhámos neste conceito de extinção fomos descobrindo que não se trata de algo fechado, muito pelo contrário...

Como assim? A extinção simboliza um fim.

Nem sempre. Eu gosto de estudar sempre os assuntos sobre os quais escrevo e à medida que pesquisei e falei com diversos autores que se dedicam a esta temática, percebi que se trata mais de uma história de sobrevivência. A extinção só é terminal quando é biótica, até porque ainda não há qualquer tecnologia que recupere uma espécie desaparecida, mas o que também encontrei foi um lado muito particular e poético no modo como estas pessoas falam da extinção. Como foi o caso do Francisco Petrucci-Fonseca, investigador e presidente do Grupo Lobo, que se dedica à pesquisa e conservação desta espécie e teve alguma dificuldade em falar da extinção a nível científico, porque é testemunha no terreno há muitos anos, lutando contra ela. E é mais deste lado que nos colocamos. Até mesmo cientificamente, a extinção não trata de algo definitivo. Ela existe, é certo, mas preferimos abordá-la neste disco mais pelo lado da adaptação, o que nos leva até para um campo mais pessoal.

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